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Objetivo é preservar a memória dos trabalhadores de origem humilde, que ajudaram na construção da cidade

A Prefeitura de Volta Redonda, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (SMC), promoveu na manhã desta terça-feira, dia 05, o primeiro ano de comemorações ao Dia do Arigó. A data foi aprovada em lei pela Câmara Municipal e sancionada pelo prefeito Antonio Francisco Neto.

Atividades de Cultura, Educação e Turismo marcaram a data no térreo da Biblioteca Municipal Raul de Leoni, na Vila Santa Cecília, com a participação de artesãos, poetas, atores e músicos de Volta Redonda.

Também participaram do evento os vereadores Jorginho Fuede, Renan Cury e Paulinho AP, além da diretora de Turismo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SMDET), Débora Cândido. Também foram ao evento representantes do Conselho de Cultura municipal, da Fundação CSN e do teatro Gacemss.

Os Arigós

No dicionário, a palavra Arigó refere-se aos trabalhadores de origem mais humilde. Em Volta Redonda, com o passar dos anos, o termo ganhou contornos mais lúdicos, conforme explicou o secretário municipal de Cultura, Anderson de Souza.
“O nome Arigó passou a ser relacionado com as aves de arribação, que são pássaros que migram para outros territórios em busca de sobrevivência. Desta forma, artistas e artesãos fazem uma relação direta do pássaro com os trabalhadores que vieram para a construção da CSN, na década de 40, e acabaram construindo a nossa querida cidade”, comentou.

O secretário afirmou que o Dia do Arigó foi instituído através do projeto de lei de autoria do vereador Jorginho Fuede, sancionado pelo prefeito Antonio Francisco Neto. A partir de agora, o dia 5 de abril no calendário municipal perpetua e mantém viva a história dos trabalhadores que migraram e ajudaram a construir Volta Redonda.

“Através de um conversa com uma artesã, muito querida da cidade, a dona Maria José, surgiu a ideia de criar o Dia do Arigó. Entendi que essa iniciativa era muito importante para o município. Procurei o secretário Anderson de Souza, que me auxiliou com conteúdos culturais que já havia na cidade sobre o Arigó. Com isso, coloquei este projeto para apreciação na Câmara Municipal. A importância do projeto é justamente a de perpetuar e manter viva esta história de geração a geração e não permitir que a mesma caia no esquecimento”, citou o vereador Jorginho Fuede.

O ponto alto da celebração foi à apresentação do protótipo do Arigó – escultura de 1,70m de altura, que levará assinatura de todos os participantes da celebração desta terça-feira. A secretaria de Cultura, ainda neste ano, vai abrir um chamamento cultural para que artistas locais possam colorir novas esculturas de Arigó, que serão instaladas em diversos pontos da cidade.

Ainda na programação, o descerramento da placa com a nova identidade visual da Biblioteca Municipal Raul de Leoni fez parte das comemorações. A nova identidade foi produzida em parceria com alunos do curso de Publicidade e Propaganda do UniFOA (Centro Universitário de Volta Redonda) sob a orientação dos professores Rhanica Coutinho e Leonardo Canaves.

A artesã de Volta Redonda, Maria José Amaral, destacou que o Dia do Arigó vai agregar o trabalho que muitos artesãos já fazem há anos proporcionando mais visibilidade à história de Volta Redonda.

“Todos os artesãos estão muito felizes com esse resgate da história dos trabalhadores que migraram para cidade. A história de Volta Redonda vem à tona com esse Arigó, presente nas nossas peças de artesanato. Todos nós já tivemos um Arigó na família, um avô, um pai, um tio que ajudou na construção da cidade, por isso, a importância desse tema histórico-cultural para a identidade do município”, disse a artesã.

O presidente da Academia Voltaredonsense de Letras, José Huguuenin, escreveu um livro de poesias dedicado ao Arigó. O poeta, que também é professor de Física, comentou que veio morar em Volta Redonda em 2006, para atuar na UFF, e desde então vivenciar a identidade do Arigó.

“O livro é uma sequência de poemas e o eu lírico é um migrante. A ideia é passar pela história de migração da construção da CSN, que é o significado do Arigó para gente. Além disso, a narrativa passa pelo migrante mais atual, o que a gente sente quando chega aqui, um impacto histórico da cidade, a arte espalhada pelos locais, o próprio monumento dos três operários na Praça Juarez Antunes. Os poemas mostram esse olhar de identificação com o Arigó”, citou.


Foto: Divulgação/PMVR


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