No fim de julho, o Ministério da Saúde confirmou duas mortes pela doença no interior da Bahia. Até então, não havia relato na literatura científica mundial sobre óbitos por Oropouche. As duas vítimas eram mulheres, tinham menos de 30 anos e não registravam comorbidades. Ambas apresentaram sinais e sintomas semelhantes ao quadro de dengue grave.
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Diagnóstico laboratorial
“A partir de observações iniciais em 2023, foram produzidos insumos para o diagnóstico laboratorial, distribuídos em larga escala para os estados brasileiros, para laboratórios centrais de saúde pública. A partir do insumo disponível, que nós não tínhamos nessa escala até 2023, começamos a observar uma realidade um pouco preocupante em relação ao Oropouche,” explicou.
Rivaldo lembrou, a seguir, que, apesar de se tratar de uma arbovirose, a febre do Oropouche é transmitida sumariamente pelo Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Por causa da predileção do mosquito por materiais orgânicos, a recomendação é manter quintais limpos, evitando o acúmulo de folhas e lixo orgânico doméstico.
O Amazonas lidera o ranking de casos de Oropouche no Brasil, com 3.230 infecções. Em seguida, estão Rondônia (1.710), Bahia (886), Espírito Santo (444) e Roraima (261). Já os estados com menos registros são Paraíba e Mato Grosso do Sul, ambos com um caso. Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Paraná, Goiás e Distrito Federal ainda não contabilizam casos.
Link original Agência Brasil