Material traça diagnóstico da imagem da justiça no país
O governador Wilson Witzel participou, nesta segunda-feira (02/12), do lançamento do Estudo da Imagem do Poder Judiciário. Elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em parceria com a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), apresenta o diagnóstico da imagem da justiça brasileira baseado nas funções do judiciário, na percepção da sociedade e na oportunidade de melhoria da comunicação com a população.
Na ocasião, também foi lançado o Centro de Inovação, Administração e Pesquisa do Judiciário.
- Parabenizo a iniciativa. A morosidade, na sua maioria das vezes, está na execução. Precisamos modernizá-la para dar efetividade ao poder judiciário. Acredito, portanto, que esta pesquisa ajudará muito na sinalização da necessidade de se melhorar a execução, que hoje é nosso calcanhar de Aquiles – destacou Witzel no evento que ocorreu no auditório da Fundação Getúlio Vargas (FGV), na Praia de Botafogo.
A pesquisa abrangeu diversos segmentos de público: sociedade (usuários e não usuários dos serviços da Justiça), advogados, defensores públicos e formadores de opinião. Também foi investigada a imagem do judiciário brasileiro nas redes sociais e na mídia internacional. O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Marco Aurélio Bellizze, foi o coordenador do estudo.
- Tivemos a coragem de perguntar à sociedade sobre o Judiciário. Foi um estudo grandioso, ouvimos usuários e não usuários, o que possibilitou chegarmos a conclusões importantes. Se o usuário do poder judiciário nos avalia melhor do que o não usuário estamos no caminho certo, apesar dos desafios – destacou Bellizze.
De acordo com o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Jayme de Oliveira, o estudo permitirá aprimorar o atendimento ao cliente final.
- O Judiciário precisa trabalhar sua imagem para se revelar e se contrapor às informações contra a instituição. Vamos melhorar nosso trabalho que é tão importante para a democracia a partir desta ferramenta. Hoje existem cerca de 80 milhões de processos para 18 mil juízes, por exemplo – afirmou Oliveira.
Estudo
Segundo o estudo, a sociedade ainda acredita que vale a pena recorrer ao Judiciário. Para 59% dos entrevistados a instituição é bem avaliada. Já para 29%, não vale a pena recorrer ao Judiciário. O principal motivo apontado é a lentidão e a burocracia nesta instância de poder.
Estiveram presentes ao evento o presidente da FGV, Carlos Ivan Simonsen Leal; o ministro do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e coordenador do Centro de Inovação, Administração e Pesquisa do Judiciário, Luis Felipe Salomão; os ministros do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves e Antonio Saldanha; a presidente da Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj) e presidente eleita da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Renataa Gil; e a vice-presidente da OAB-RJ Ana Tereza Basílio.