Imprimir

 Hospital de emergência de Resende é palco de captação de órgãos e tecidos para transplantes no Estado do Rio

Durante a intervenção cirúrgica, foram retirados dois rins, duas córneas e um fígado de único doador

 

O Hospital Municipal de Emergência (HME) Henrique Sérgio Gregori, situado em Resende, foi palco de captação de órgãos e tecidos para transplantes no Estado do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira, dia 6. O procedimento de alta complexidade foi realizado em uma pessoa do sexo masculino, pelas equipes médicas do HME e do Programa Estadual de Transplantes (PET) da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro. A cirurgia durou aproximadamente duas horas e meia, na sala cirúrgica da unidade localizada no bairro Jardim Jalisco. A intervenção, que ocorreu após constatação de morte encefálica, pode ajudar até cinco vidas, com a doação de dois rins, duas córneas e um fígado.

 

 

Após a cirurgia, os órgãos foram transportados por via terrestre até os seus receptores, que são pacientes que têm seus nomes mantidos sob sigilo. Os órgãos doados seguem para pacientes que necessitam de transplantes e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT).

 

Os casos de captação de órgãos ocorrem quando há morte encefálica, e envolvem diversos processos para serem bem-sucedidos. Entre janeiro e setembro deste ano, o PET do Rio contabilizou apenas 38 captações de órgãos na região Sul Fluminense, além de Paracambi, na Região Metropolitana do Rio. Já o ‘transplante intervivos’ é uma modalidade em que permite, por exemplo, a retirada de uma parte do fígado de pessoas perfeitamente sadias para doá-la ao paciente acometido por alguma doença neste órgão.

 

 

 

O prefeito Diogo Balieiro Diniz destacou que doar órgão é um ato nobre que pode salvar vidas, lembrando que sua captação é um procedimento que requer uma série de cuidados.

 

— O transplante de órgãos pode ser a única esperança de vida ou a chance de um recomeço para pessoas que precisam de doação. Doar órgãos é doar vidas. O transplante de órgãos é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão ou tecido de uma pessoa doente por outro órgão ou tecido normal de um doador, vivo ou morto. O procedimento realizado no Hospital de Emergência de Resende é notório devido à complexidade, mostrando mais uma vez que a unidade é bem preparada e possui equipamentos modernos capazes de agilizar todo o processo. Foram captados dois rins, duas córneas e um fígado. Para se ter uma ideia, existe o tempo de isquemia que é o intervalo aceitável de retirada de um órgão e transplante deste em outra pessoa. No caso do fígado, 48 horas, enquanto para o rim são apenas 12 horas de espera. Por isso, a unidade deve estar pronta para comunicar e efetivar casos de captação. O HME, que passa por uma grande reforma por meio do Programa ‘Revitaliza Resende’, contabiliza uma média de 100 cirurgias de diversos tipos por mês. O processo de modernização ainda inclui a aquisição de vários equipamentos médicos, capacitação de profissionais e outras melhorias – reforçou.

 

 

O Hospital Municipal de Emergência, inaugurado em 1994, é referência em casos de emergência no Sul do Estado do Rio, tendo em média nove mil atendimentos mensalmente.

 

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil é referência mundial na área de transplantes e possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Atualmente, cerca de 96% dos procedimentos de todo o País são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em números absolutos, o Brasil é o segundo maior transplantador do mundo, atrás apenas dos EUA. Os pacientes recebem assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante, pela rede pública de saúde

Share